“Olhos: bem separados, de tamanho médio, sem serem redondos, tão escuros quanto possível. Ligeiramente aprofundados na cabeça, vivos e inteligentes, o que, sob os supercílios pesados conferem um olhar penetrante. Olhos claros é um defeito muito grave.”
“Orelhas: pequenas, eretas, portadas firmemente e terminam pontiagudas. Nem muito afastadas, nem muito próximas. O pêlo das orelhas é curto e liso (aveludado) e não deve ser aparado. As orelhas não devem ter qualquer franja na ponta.As orelhas redondas na ponta, largas, grandes ou grossas, como as revestidas de pelagem abundante, constituem defeito grave.”
Interpretação do padrão
Olhos
Para Derek Tattersall (1992) os olhos devem ter formato amendoado e cor marron escuro. O cão deverá receber falta se tiver olhos redondos, largos ou saltados. Da mesma maneira, os olhos não devem ser tão pequenos e inseridos muito aproximados.
Para Barbara Hands (1977) os olhos devem ser inseridos debaixo de uma sobrancelha forte, de cor mais escura possível, pois esta inserção é que é responsável pelo ar inteligente e maroto do westie. O afastamento também é igualmente importante, pois sem ele a expressão do westie é completamente perdida.
O objetivo maior da boa inserção dos olhos e sua cor escura é proporcionar ao cão um ar de inteligência e expressão penetrante – típico do westie.
Ilustração de Derek Tattersall |
Olhos extremamente grandes e olhos de cores claras são indesejáveis.
Orelhas
O padrão oficial começa com a palavra: PEQUENA. Essa talvez seja a propriedade a mais difícil de ser alcançada no padrão nacional. Aqui no país, após o boom da propaganda do IG, os cruzamentos registrados triplicaram, e os não registrados devem ter sido ainda mais.
Você deve imaginar que qualquer exemplar era cruzado, independente de sua beleza, pois o importante era ter filhote pra vender – os valores alcançaram 5 a 6 mil reais na época – a fila de espera chegava a 80 pessoas.
Assim, quando analisamos um pedigree com árvore genealógica estritamente tupiniquim, é muito raro encontrar um exemplar com orelhas pequenas. Não é difícil de imaginar os cruzamentos inter-raciais nesta época né? Com Scottish Terrier, por exemplo, que por padrão possui uma orelha exagerada! Eles são parecidos não são?
Imagem daqui |
Mas se formos buscar linhagens clássicas e premiadas, em países onde não houve picos de interesse na raça, podemos achar westies com orelhas bem pequenas e perfeitamente inseridas. De sorte, grandes criadores brasileiros já estabeleceram este padrão pois iniciaram sua criação com excelentes linhagens.
Para Barbara Hands (1977) o bom tamanho da orelhas e a correta inserção delas é responsável pela figura alerta do westie. Elas devem estar inseridas de cada lado da cabeça (não muito abaixo) e nem muito acima, no topo da cabeça como no Scotie aí em cima.
Ilustração de Barbara Hands |
O formato da orelha deve ser pontiagudo, com ponta em ângulo de 90 graus, pois orelhas arredondadas configuram falta para a raça. É provável que orelhas muito próximas sejam devido à crânios muito pequenos, indesejável para o padrão racial.
Para o Sr. Derek, mais que pequena, a orelha deve ser bem ereta, pois segundo ele uma das piores faltas é ver um westie com a ponta de suas orelhas se movendo para cima e para baixo durante a movimentação de pista. Isso também se aplica a orelhas caídas.
Ilustração de Derek Tattersall |
Em seu livro ele nos mostra um esquema de inserção à 60 graus de distância em relação ao eixo da trufa. Elas também não devem ser muito largas em relação ao tamanho do cão e não devem ser inseridas muito próximas, pois distorcem o formato da cabeça.
Orelhas inseridas em posição muito baixa, ao lado do crânio, darão a impressão de “cão macaco”.
A ponta da orelha do westie não deve possuir nenhum tipo de franja ou pelo longo, mais sim uma pelagem fina e aveludada, que as vezes cresce mais que desejado.
A área que fica exposta fora da cabeça (cerca de 1/3 do tamanho total da orelha) não deve possuir pêlos logos e por isso geralmente os tosadoses cortam a pelagem excessiva.
Imagem daqui |
FONTES:
TATTERSALL, Derek. Westies Today, New York: Howell Book House, 1992.
HANDS, Barbara. The West Highland White Terrier, London: Bartholomew, 1977
USA. Kennel Club Books. West Highland White Terrier, New Jersey, 2007.