“de comprimento de 12,5 a 15 cm, revestida de pêlos duros, sem franjas, tão reta quanto possível, portada alta, mas sem ser empinada ou curvada sobre o dorso.
A cauda longa é um defeito, mas de forma alguma poderá ser amputada.”
Interpretação do padrão
Este é um ponto polêmico do padrão do West. A cauda do Westie é parte que completa sua silhueta alerta e sapeca. Conforme veremos, dependendo da inserção da cauda ou de como ela é segurada na mesa da avaliação, podemos gerar uma ilusão de ótica, alterando o comprimento do corpo, fazendo-o parecer mais longo ou mais curto!
Como você verá no diagrama abaixo, é esperado que o Westie tenha sua cauda inserida em 12h. Há desvios dessa inserção para 11h e 13h (cão visto de lado). Particularmente, admiro as inserções às 12 e 11h – ficam mais elegantes e deixam o cão com uma aparência mais compacta.
Para Derek Tattersall, a cauda do Westie deve ter um formado de cenoura invertida, ou seja, grossa na base e afinando gradualmente em direção à ponta. Caudas muito curtas, muito longas ou muito finas devem ser penalizadas.
O Westie é um cão da terra (terrier vem de terra e não de terrível ok?!) e foi criado para retirar suas presas das tocas. Eles eram puxados pelo rabo e assim desenvolveram uma ossadura forte no entrocamento do rabo com o dorso – por isso exige-se esse formato de grosso no entrocamento, pois uma cauda fina não suportaria todo o peso de seu corpo – falarei mais desse assunto num próximo post.
A cauda deve ter sua ponta quadrada e não deve dobrar-se entre as pernas do cão – pois demonstra que ele está inseguro ou é um cão muito tímido (adjetivo que não deve existir num Westie).
Acima, o diagrama mostra as caudas incorretas: cauda alegre, cauda com inserção baixa e cauda à meio mastro. Caudas que se dobram pra cima em forma de foice são inaceitáveis – ensina Derek.
Algumas caudas são corretamente inseridas, porém por problemas na gestação ou infância tenra do cão elas se “quebram” (utilizando o linguajar de criador). As caudas quebradas irão apresentar dobras e desvios, além de pequenos nós quando apalpadas.
As avaliações de inserção de cauda e de orelhas devem ser feitas com o cão em estado de alerta.
Veja as fotos comentadas de Joan Graber:
Um excelente exemplo da cauda Westie correta, larga na base (forma de cenoura). Esta foto também mostra uma cabeça bem arrumada, com uma grande trufa, boa inserção de olhos e ouvidos.
A cauda Westie cãmpeão adulto, foi bem questionável para alguns, pois apresenta-se em foice. Na minha opinião, não é desejável, mas é perfeitamente aceitável, pois o cão tinha muitas outras qualidades compensavam esta falta.
A cauda deste jovem macho mostra um tipo de curva que pode encontrada em alguns Westies. Esta cauda, mesmo sem a curva, não iria além do nível da cabeça. Devido à ausência de maturidade da pelagem, as proporções corretas de cabeça podem ser vistas – a grande trufa e o afastamento correto entre os olhos.
As fotos acimas apresentam variações na inserção de cauda e como isso afeta o esboço geral do cão.
- ESQUERDA: mostra uma inserção correta – 12h em uma cadela , como descrito na norma, que se parece com a inserção de causa do cavalo American Saddlebred (aqui o autor refere-se à norma do American Kennel Club).
- CENTRO: cauda posição de 13h, que tenderá a deixar o cão com o dorso ligeiramente mais longo. Esta inserção é correta, apesar de um pouco abaixo do desejado.
- DIREITA: cauda em 11h, criando uma ilusão de dorso mais curto.
As únicas alterações feitas nas fotos acima foram a cauda, não importa o que seus olhos viram (viu como tudo é uma ilusão de ótica?).
Como você percebeu, mesmo que na pista a cauda se porte com sua inserção original, na mesa de avaliação (no stay) você pode controlar a inserção de cauda, fazendo seu cão parecer mais longo ou mais curto.
Alguns juízes aceitam leves desvios na cauda, mas é claro que aquelas excessivamente curvadas serão penalizadas. Antes da exposição, coloque seu Westie em stay e analise sua necessidade de colocá-la em 11, 12 ou 13h!
FONTES:
TATTERSALL, Derek. Westies Today, New York: Howell Book House, 1992.
Padrão Oficial da Raça – FCI/CBKC
The West Highland White Terrier – a presentation by Joan Graber. Disponível aqui.