No último post falei do corte de drágeas e expliquei que elas JAMAIS podem ser cortadas. Porém, sei que o ajuste de doses faz parte do dia-a-dia dos veterinários, e por isso resolvi falar das diferenças entre as formas farmacêuticas a fim de auxiliar na decisão desses ajustes.
.
COMPRIMIDOS
Há dois tipo de comprimidos:
- LIBERAÇÃO IMEDIATA (MAIS COMUM): neste caso, assim que é ingerido, o comprimido libera seu princípio ativo. Todos os componentes da fórmula vão favorecer a liberação e, consequentemente, ele será muito hidrossolúvel (solúvel em água) e terá agentes desagregantes que aumentarão a velocidade de liberação do fármaco. Quanto mais rápido ele se dissolver, mais rápido será absorvido pelo organismo. Estes tipos de comprimidos podem ser desintegráveis, mastigáveis, efervescentes, sublinguais e bucais.
Porém há outro tipo de comprimido:
- LIBERAÇÃO LENTA: neste, o sistema farmacêutico é construído para dar suporte mecânico e intervir na dissolução e na libertação das substâncias ativas. Ocorre ainda uma modulação da cinética de liberação, que significa que a dissolução da substância ativa pode até ocorrer, mas esta ficará presa no interior do sistema de farmacêutico, sendo a partir daí liberado lentamente. A liberação controlada de farmácos faz com que a ação do mesmo seja retardada e prolongada. Leia a caixa ou a bula, pois geralmente estes trazem termos como “liberação controlada, liberação lenta ou retard”.
Ficou em dúvida? Uma dica simples é observar se o comprimido possui o sulco para divisão da dose.
Para melhor controle do corte, utilize o cortador de comprimidos, pois com ele você consegue um corte preciso do fármaco.
Mas, lembre-se, sempre que possível, prefira medicamentos em soluções orais ou suspensões para que o ajuste da dose seja adequado e seguro.