Quem acompanha esse blog já leu aqui que eu adestro meus bebês para fazerem xixi nos coletores. Vou explicar o meu método, mas isso não quer dizer que não existam outros ok?Quando nascem os cães – SEM EXCEÇÃO – possuem um instinto natural fazer xixi e côco longe do local onde dormem. Isso é nato! Alguns duvidam disso, eu mesma no início não sabia como tirar proveito dessa característica.
O que ocorre é que uma grande maioria de pessoas compra seus cães em pet shops. E, apesar de ser a pior forma de se adquirir um filhote, isso ainda é absurdamente frequente. Filhotes de pet-shop passam dias e dias trancados numa gaiola. Na gaiola, literalmente, dormem, fazem xixi e côco no mesmo lugar pois, geralmente nelas, há uma bandeja que coleta os dejetos. É por isso muitas pessoas pensam que os cães não sabem diferenciar o local de fazer as necessidades.
Acredite, xixi e côco no mesmo local que dorme vai contra as leis da natureza canina!
Aqui, na 1a. semana, mãe e filhotes ficam protegidos na caixa de parto. Próximo à ela fica o coletor de urina. Na verdade, nessa fase eu disponho o coletor mais para a mamãe que para os bêbes – pois ela nunca quer deixá-los sozinhos.
Lá pela 2a. semana, eles já começam a se arrastar. Percebo que quando eles sentem o cheiro do xixi no coletor de urina e fazem um esforço imenso pra engatinhar até o coletor.
Lógico que nem sempre acertam – pois ainda são muito pequeninos e nesta fase a mãe ainda faz a higiene dos bêbes! Todo o ambiente dos filhotes e da mamãe é protegido por uma gradinha, assim eu salvo as crianças dos olhares curiosos da matilha (não possuem maturidade e nem imunidade para o contato com outros cães).
Depois eu mantenho a gradinha em formato de corredor e conforme vão crescendo, eu vou afastando o coletor de urina. Nesta época a mãe já deixou de fazer a higiene deles e assim, já se torna um desafio maior não fazer xixi na cama!
Nessa fase introduzo os brinquedos, pois já iniciamos o desmame e a fase oral dos bêbes já desponta. É claro que há uma portinha por onde a mamãe entra quando ainda quer amamentar – aqui quem decide quando parar é ela!
Com o gradil em formato de corredor, só há duas opções: dormir em um lado e fazer xixi no outro. Pergunta se eles escolhem fazer xixi na cama? Claro que não! Obviamente ainda há alguns erros de cálculo, por exemplo: eles sobem no coletor mas fazem côco com o bumbum pendurado, pensando que estão dentro … eu brigo com eles? claro que não – eles são somente bebês e tentaram acertar!
Eu escrevi no desenho “coletor ou fraldinha” porque alguns poderão se inspirar na idéia e usar a fralda – mas eu já expliquei que uso o coletor com Spontex. Além de mais econômico e ecológico, ninguém consegue fazer algazarra e guerra de fraldinhas no cercado!
A partir daí eu troco a caixa de parto por uma caixa de transporte sem portas – eles adoram se entocar na toquinha urbana deles. Geralmente ela vira o esconderijo dos valiosos brinquedos.
Depois desta fase, eu desconecto o gradil e dou mais espaço para eles. Consequentemente, ter mais espaço para brincar e procurar o coletor na hora H treina a memória deles!
Note que no desenho acima o pote de água está derramando – é que nesta fase já ocorre as guerrinhas entre irmãos e a curiosidade pela água e tudo é motivo para uma bagunça.Veja a prova:
Quando vamos pra sala, o coletor vai junto! Assim, o lugar certo sempre acompanha as brincadeiras e os ambientes da casa!É óbvio também, que os bebês não ficam 24h no cercado. Grandinhos, já começam explorando outros ambientes, sempre com supervisão. Já começam a entender a rotina da casa, tais como, assistir a um filme na sala com a família (lógico que o coletor de urina vai junto pra sala! Você não achava que eles sairiam correndo pro gradil quando quisessem fazer xixi né?).
Não pense no gradil como uma prisão. Lá seu bêbe vai se sentir seguro quando você precisar sair de casa. Lá você vai ter certeza que ele não vai roer fios elétricos, correndo o risco de morrer com um choque, não vão roer móveis, sapatos, peças plásticas pequenas etc. Além disso o gradil não precisa ser um lugar monótono. Veja esse exemplo: